Os textos e poesias que aqui se encontram, assinados por mim (Simone Tavares), possuem direitos autorais.Os textos, vídeos e imagens de outros autores, são meramente ilustrativos
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"Diário de um deprimido"

Este blog representará para mim, uma ferramenta, como uma das maneiras de sobreviver neste mundo cão, onde ninguém é de ninguém, respeito é coisa rara e consideração é não lhe tirar o ar que respira por simplesmente não o poder! Um mundo onde os hipócritas ditam as regras e os sinceros e honestos são ridicularizados, onde falar o que se pensa ou sente, é demonstração de fraqueza e amar é uma atitude arcaica, uma caretice...onde confiar é ser idiota e se expressar...uma grande perda de tempo!

Simone Tavares.




sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Depressão


Uma dor que vem não sei de onde e me tira as energias e a vontade de viver
Nada está bom..nada tem sentido
A comida não tem gosto
O sol não tem calor
A natureza não tem beleza
Os amigos não têm graça
A família se torna um peso
A diversão entediante
A saudade insuportável
Saudade não sei de que...não sei de quem
Como se houvesse escondida nas profundezas do incosnciente, algo ou alguém de quem sinto falta e essa falta me mata aos poucos, faz com que me vá esvaindo
Como se já tivesse vivido plena e arrebatadoramente, uma felicidade e completez de alma da qual fora tragada, não sei por que, pra fazer aqui não sei o que
Em missão suicida tal um kamikaze, me sinto enviada por penalidade a uma culpa que desconheço
Ao mesmo tempo, sinto como que reprovada em uma matéria que me fez afastar-me dos outros de minha antiga turma
Ou quem sabe, coisa mais digna, porém, improvável: enviada em missão honrosa de mostrar as pessoas que me rodeiam, algo que desconhecem mas que lhes é imprescindível saber e aprender
Seja como for...este vazio me mata, não consigo focar nem pôr em prática coisas as quais sei ser capaz de fazer e realizar
Toda força que sinto dentro de mim, se encontra abafada, amarrada e sufocada, dentro do poço sem fim desta saudade que me mata
Como se não me encaixasse verdadeiramente em lugar algum, não me adaptasse a nada nem a ninguém
Como um estrangeiro eterno, que não se adapta a língua local, não consegue digerir a comida, nem aceitar os costumes de seus anfitriões
A que lugar pertenço...? No momento, nem mesmo aos meus pensamentos, o local mais íntimo e acolhedor que a alma humana pode conceber, até mesmo estes repelem minha inquietude e prostração
Nestas horas sinto inveja dos eremitas, isolados, longe dos olhares de todos, sem ter que se preocupar com nada nem ninguém
Quisera eu ser uma ermitã...mesmo que somente durante estes dias de saudade e tristeza, talvez neste silêncio e isolamento pudesse encontrar alguma resposta ou simplesmente, uma maneira de me conformar e aceitar o lugar que no momento me cabe dentro deste universo, renovar as forças para um dia retornar ao local de onde sai e me reencontrar com quem sei que quero estar!


*Simone Tavares

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